O segundo hábito, “begin with the end in mind“, foi traduzido como “comece com o objetivo em mente” na edição brasileira.
Este é um poderoso hábito que por si só traz um resultado fenomenal.
Uma analogia pode ser feita com o filme O Segredo (link afiliado) que fala muito de visualização. Independente das críticas que podem ser feitas a The Secret, um mérito deve ser destacado: a ênfase dada na visualização.
Assim como somente podemos iniciar a construção de uma casa a partir de um projeto bem calculado, empreendimentos precisam de business plans, um programa adequado de musculação tem uma ficha de acompanhamento do aluno… enfim, mesmo a mais simples atividade, para que tenha sucesso, passa por um exercício de definição do objetivo a ser alcançado. O caminho a ser seguido será coerente com o objetivo buscado, como em uma mentalização que fazemos antes de sair dirigindo.
Por isso é importante o auto-conhecimento, para que o objetivo traçado seja coerente. Como visto anteriormente, se partirmos de uma visão inadequada (tanto de si mesmo como de sua empresa, família, pessoa amada etc.), o objetivo traçado também será falho e pode levar a desastres.
Sem a visualização, sem começar com o objetivo em mente, podemos gastar horas e mais horas em uma atividade que, em determinado ponto, se mostrará totalmente inútil e contraproducente.
Se fosse possível resumir o primeiro hábito sobre a proatividade, diríamos que Covey ensina ao leitor que cada um de nós é um programador de computadores. Nós podemos ser programados de diversas maneiras, com diferentes resultados. E é importante entender isso, para não deixar que o nosso programa seja elaborado pelos outros, mas sim por nós mesmos.
E, nessa analogia, o segundo hábito (comece com o objetivo em mente) seria algo como “escreva o programa”.
As empresas fazem isso através da “missão da empresa”. Faça um teste, escrevendo “missão da empresa” no Google (use o campo ao lado direito da página e clique no botão “Pesquisa Google” para pesquisar com mais rapidez). Diversas missões de empresa aparecerão, mostrando como cada empresa decidiu visualizar o seu programa.
Indivíduos também podem fazer o mesmo. É importante traçar os princípios que orientam nossa vida e busca de objetivos. Algumas pessoas, porém, ao invés de serem orientadas por princípios, adotam outros nortes, como família, carreira, amor, religião, amizades, prazer… entre outros.
Por um lado, esses fatores de orientação podem trazer vários benefícios e iluminação em momentos de dúvida. Porém Stephen Covey diz que a orientação por princípios é melhor pois os princípios são imutáveis – não reagem a nada. “Eles não ficam bravos conosco e nos tratam diferente. Eles não pedem divórcio ou vão embora com nosso melhor amigo”.
Ao nos tornarmos pessoas orientadas por princípios, veremos as coisas de modo diferente.