Oi! Seiiti Arata. Viver o momento presente. Nossos pensamentos podem se concentrar tanto no passado, como no presente ou no futuro. Vamos examinar o que acontece em cada uma dessas escolhas.
1. Aprisionamento no passado
Nós ficamos com raiva por causa de coisas que aconteceram no passado. Ficamos irritados com algo que aconteceu apenas alguns momentos atrás, ou até mesmo com coisas que aconteceram anos atrás.
Podemos criar filmes mentais sobre situações vergonhosas. Podemos viver novamente as situações injustas do passado. Mas não é só a desgraça que prende a gente no passado: também podemos passar horas e horas pensando nas boas lembranças e “naqueles tempos que não voltam mais…”. Quem nunca pensou nisso, não é verdade?
Há um problema em ficar deitado na cama com mil preocupações. Nós desperdiçamos muita energia.
Sabe quando você está ao caminho do trabalho pensando: Hoje eu vou fazer A, entregar B, conversar com C…
Parece produtivo, porque estamos pensando em algo importante, certo?
Mas se pudéssemos escrever todos esses pensamentos, daria pra ver que são ideias repetitivas, andando em círculos, cheias de preocupações e medos que nem sempre tem fundamento. São ilusões, jogos mentais que jogamos com nós mesmos.
2. A ansiedade sobre o futuro
Quando esquecemos de viver o momento presente, o que acontece? Temos a tendência de nos preocupar com coisas que podem acontecer no futuro… ou temos medo sobre o que pode não acontecer no futuro.
Passamos horas e horas pensando sobre as coisas que temos de fazer, e daí ficamos ansiosos. Por outro lado, também podemos sonhar e esperar coisas incríveis. E viver aqueles filmes mentais imaginando como tudo será lindo, maravilhoso, fantástico.
3. Estar no momento presente
Ou podemos colocar nosso foco e consciência no momento presente. Por que? Viver o momento presente melhora nosso desempenho e aumenta a nossa consciência.
Quando a gente se concentra no presente, nós não estamos julgando – nós apenas sentimos, ouvimos e vemos as coisas como elas são. Nós não estamos adicionando camadas extras de interpretação ou julgamentos. Nós não estamos classificando nem rotulando.
4. Aceitar as coisas como elas são, sem rótulos
Lembra do texto sobre os rótulos? Por que dizemos “não rotule“? Rótulos são atalhos que nós usamos para evitar o processo cognitivo usando uma fatia fina pra tomar decisões muito rápidas com quantidades mínimas de informação.
Como podemos criar a nossa fatia fina? Contamos com a experiência do passado.
Nós pesquisamos a nossa base de dados de preconceitos, e então nós podemos rotular as pessoas. Julgamos compulsivamente; vemos a pessoa por alguns segundos, e, em seguida, vamos selecionar um dos nossos rótulos do nosso arsenal e rotulamos. Fulano é assim e assado.
Esses rótulos desumanizam as pessoas – não podemos ver o que está vivo nelas; tudo o que podemos ver é um conceito. João é fazendeiro. Pedro é tímido. Lúcia é uma feminista. Este motorista de táxi é imprudente. Esse vendedor é manipulador. Julia é uma boa esposa.
Para cada um desses rótulos, nós atribuímos um conjunto de expectativas. Tem coisas que eles devem fazer. Há coisas que não devem fazer. E mesmo sem perguntar, mesmo sem estar no momento presente experimentando o que tem de vivo neles, eu já posso presumir que eles fazem, o que eles pensam, o que eles dizem, tudo com base nesses julgamentos, nesses rótulos.
Esta é mais uma razão para se concentrar no momento presente. Viver o momento presente é perceber as coisas como elas são, experimentar a vida como ela é.
5. Compreender as nossas necessidades
Mas o que podemos fazer? Tem muita gente procurando por técnicas e treinamentos para estar presente.
Isso significa que é errado pensar sobre o passado? É ruim planejar o futuro? É perigoso classificar as pessoas?
Tudo depende do que queremos. Então, vamos nos perguntar: Quais são as nossas necessidades?
Por exemplo: Será que precisamos reexaminar um comportamento passado para aprender algo útil e alterar as atuais escolhas? Nesse caso, ter foco no passado pode ser útil. Nós fizemos esse exercício juntos no episódio sobre como as pessoas mudam.
Se eu preferir relaxar e parar de me preocupar sobre o futuro, talvez eu perceba que minha mente está me torturando. Neste caso, pode ser útil perguntar se existe alguma ação que eu posso tomar com base nesses pensamentos. Se não tem nada que posso fazer, vale a pena ficar quebrando a cabeça? Será que são pensamentos que já estão começando a causar dor e ansiedade? Meu corpo está tenso?
Se não houver uma ação específica que eu posso realizar agora, então o foco no futuro não parece útil. Seria mais saudável sossegar e seguir em frente.
Outro exemplo: Será que eu posso ter mais alegria me conectando com as pessoas agora, no momento presente, vendo elas como elas são? Ou será que é necessário rotular para tomar uma decisão rápida? Será que a vida seria mais maravilhosa se eu escolher não julgar essa pessoa?
6. Precisamos praticar viver o momento presente
Com o tempo, eu percebo que as habilidades mais valiosas da vida requerem prática. E para viver o momento presente é necessário prática.
Se você é aluno do nosso curso Produtividade Ninja você já viu isso. Sem preparo é muito fácil se perder e ficar horas e horas viajando no passado ou no futuro.
Quer uma dica para viver no momento presente? Sempre reflita sobre uma pergunta simples que ajuda muito:
Quais são as minhas necessidades? Uma vez que eu sei com clareza quais são minhas necessidades, eu já posso parar de me preocupar e começar a viver.
Aqui vai uma dica extra pra você praticar ficar no momento presente: Torne-se mais consciente de seus pensamentos. Sempre que você perceber que está pensando muito, tente entender: que tipo de pensamentos são eles? Preocupação? Medo? Raiva? Ansiedade? Qual é o propósito desses pensamentos? Qual é a necessidade por trás?
Nesse momento, não se culpe por pensar. Basta tentar entender mais sobre a natureza dos pensamentos. Isto irá aumentar a consciência.
A capacidade de viver no momento presente é parte do processo de desenvolvimento pessoal. É isso que você aprenderá no nosso curso Desenvolvimento Pessoal clicando aqui.