Para George Leonard, autor de Maestria: as Chaves do Sucesso e da Realização Pessoal (link afiliado), a prática é essencial para o caminho do mestre.
Chave 2 – Prática
No campo dos esportes, inúmeros são os exemplos de campeões que treinaram exaustivamente para alcançar a maestria. Mas a prática não é restrita apenas ao esporte, mas envolve qualquer coisa que praticamos diariamente como parte de nossa vida. O médico pratica medicina. O advogado pratica direito.
Porém, se a prática for entendida apenas como um conjunto de clientes que permite ganhar a vida, não estamos falando da prática do mestre.
A prática do mestre reconhece as recompensas encontradas durante o caminho, mas elas não são o motivo da jornada. E se o seu caminho for complexo, o seu destino se tornará duas milhas mais distante a cada milha percorrida. Essa ilustração de Leonard captura muito bem o conceito da maestria.
Porém, esse conceito é bizarro para a maioria de nós. Para que iniciar uma jornada em que o destino se torna mais distante quanto mais percorremos o caminho? Afinal, vivemos em uma sociedade direcionada a objetivos e consumismo.
Porém, os verdadeiros mestres não treinam com o único objetivo de se tornarem melhores. Eles amam a prática. Recorde as últimas lições da análise da primeira parte do livro Maestria: é necessário amar o platô.
Por amar a prática, os mestres se tornam cada vez melhores. E quanto melhores eles ficam, mais eles praticam – é uma espiral positiva.
Ficar no tatami
O mestre, diz o ditado, é aquele que fica no tatami cinco minutos a mais do que qualquer outro. E isso não se aplica ao Aikido tão somente.
Imediatamente, ao ler esse trecho, me recordei de minhas aulas de natação. Por meses, não conseguia manter o fôlego, me sentia cansado, ficava minutos e minutos descansando nas bordas antes de continuar. E era um dos primeiros a deixar a piscina quando éramos liberados pela instrutora. Um dia decidi que essa postura não era condizente com minha jornada para a maestria. E não apenas raramente descansava nas bordas como também me tornei um dos últimos a deixar a piscina. Cada segundo na água era uma vivência rica para mim – estava vivendo o momento, estava totalmente presente na água. Antes, algumas vezes chegava a ficar pensando quanto tempo faltava para terminar a aula, enquanto estávamos ainda na metade. Obviamente meu rendimento era muito menor.
O que é, então, a maestria? A maestria é a prática, é manter-se na jornada. E não sentir pena de si mesmo, ter preguiça ou ficar acomodado.
O Malcolm Gladwell costuma dizer que é necessário ter 10.000 horas de treino para alcançar sucesso. Mas existe um porém: a prática deve ser de qualidade.
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Este post faz parte de uma série de seis textos resumindo o livro Maestria: as Chaves do Sucesso e da Realização Pessoal, de George Leonard (link afiliado).
01 – Mastery (Maestria) de George Leonard – introdução ao livro
02 – As cinco chaves essenciais do mestre
03 – A importância da prática para a Maestria
04 – A entrega como chave para a Maestria
05 – Visualizar o destino como forma de alcançar a Maestria
06 – Viver no limite como forma de alcançar a Maestria