A Arte da Felicidade, de Dalai Lama e Howard Cutler

O objetivo da nossa vida é perseguir a felicidade. Algumas pessoas procuram pela felicidade comprando bens materiais, outros se dedicando a uma profissão e outros procurando experiências divertidas. Os meios são diferentes, mas o que todas essas pessoas querem no final das contas é a felicidade.

Essa busca pela felicidade é o que movimenta nossa vida. É o que nos faz sair da cama, trabalhar, comprar coisas, iniciar projetos, buscar relacionamentos.

O livro A Arte da Felicidade, escrito pelo psiquiatra Howard Cutler a partir de entrevistas com o Dalai Lama, ensina que a felicidade pode ser alcançada pelo treinamento da mente.

Esse é um treinamento bem objetivo. Você identifica os fatores que levam à felicidade e os fatores que levam ao sofrimento. Depois, você passa a eliminar aos poucos os fatores que levam ao sofrimento e a cultivar os fatores que levam à felicidade. 

Simples, mas longe de ser fácil. Muitas coisas que nós acreditamos que levam à felicidade… na verdade nos trazem sofrimento. E muitas coisas que achamos ser um sofrimento… na verdade são um caminho para a felicidade. No Resumo Arata Academy de hoje vamos entender como treinar a mente para a felicidade seguindo os ensinamentos de uma das maiores autoridades do mundo sobre o assunto.

O propósito da vida é ser feliz.

O primeiro passo para você aumentar os seus níveis de felicidade é encontrar quais são as suas fontes de felicidade. E aqui está o erro que a maioria das pessoas comete: acreditar que as maiores fontes da felicidade são acontecimentos externos.

Achamos que quando tivermos um emprego melhor, um carro melhor ou uma família melhor, seremos mais felizes. Mas a verdade é que a felicidade é determinada mais pelo estado mental da pessoa do que por acontecimentos externos.

Você mesmo pode constatar isso. Lembra quando você conquistou um emprego novo, um bem material novo ou até mesmo um relacionamento novo? Provavelmente você ficou mais feliz naquele momento, mas logo os seus níveis de felicidade voltaram para o patamar anterior.

Esse patamar é o seu nível de referência de felicidade. Os acontecimentos externos são capazes de aumentar sua felicidade temporariamente, mas logo você se adapta à novidade e sua felicidade volta para o nível de referência.

A questão é: o que é que determina esse nível de referência? Será que ele pode ser modificado, fixado em uma faixa mais alta?

Existem teorias de que o nível de referência de cada pessoa é em parte determinado pela genética. Mas mesmo os cientistas que defendem essa teoria admitem que a genética influencia, mas não é determinante. Seus genes não são o único fator que define o seu nível de referência de felicidade. Quase todos os psicólogos concordam que, apesar da genética, cada um de nós pode treinar a própria mente para aumentar nossa sensação de felicidade.

O fato de você estar se sentindo mais ou menos feliz agora não tem muito a ver com o que está acontecendo ao seu redor. Sua felicidade depende muito mais do que está acontecendo dentro da sua cabeça. A forma como percebemos, interpretamos e reagimos aos fatos é mais importante para a felicidade do que os fatos em si.

Sua felicidade é influenciada pelas comparações que você faz.

O que determina a nossa percepção e o nosso nível de satisfação com a vida é a comparação que nossa mente faz com cenários reais ou imaginários.

Por exemplo, se você passa o dia em uma rede social vendo pessoas que têm corpos esculturais, sua mente compara a aparência estética do seu corpo comum com o que vê nas redes sociais e isso acaba gerando uma sensação de infelicidade, desejo e inveja.

Ao contrário, se você comparasse o seu corpo comum com o de uma pessoa que tem alguma incapacidade, uma doença terrível ou esteja agonizando, você percebe que tem muito a agradecer. Sempre que você se compara com quem tem problemas maiores que o seu, provavelmente sua mente fica melhor preparada para sentimentos como felicidade, gratidão e também compaixão pela outra pessoa.

A lição é bem prática: o seu nível de felicidade pode ser elevado com uma simples mudança de perspectiva. Em vez de ficar se comparando com o corpo que você não tem, com o dinheiro que você não tem ou com o relacionamento que você não tem, você pode agradecer por tudo aquilo que você já tem. 

Isso não significa que você vai se acomodar com o que tem. Pelo contrário, quando sua mente estiver cheia de felicidade, gratidão e compaixão, você vai conseguir conquistar muito mais coisas do que quando tinha a mente tomada por infelicidade, desejo e inveja.

Felicidade Seiiti Arata, Arata Academy

O apego ao desejo é uma fonte de sofrimento.

No mundo do desenvolvimento pessoal, é comum ouvirmos que precisamos traçar metas e perseguir os objetivos traçados com determinação até conseguirmos, não importa quantas vezes falhamos, devemos nos levantar e tentar outra vez. Esse é um discurso motivacional muito popular, mas que pode virar uma fonte de sofrimento.

Sempre que você está sofrendo, é por que você está desejando que alguma coisa fosse diferente do que ela realmente é. Você deseja que o seu corpo fosse diferente, que a sua conta bancária fosse diferente, que o seu trabalho fosse diferente. Você deseja ter aquele celular, aquela casa, aquela pessoa. E você fica apegado a essa ideia.

O problema é que a maioria dos nossos desejos não são atendidos. Se não aceitamos a realidade como ela é e não agimos a partir dessa aceitação, o apego a esses desejos vira uma fonte interminável de sofrimento. 

E o pior: mesmo quando realizamos um desses desejos, ainda ficamos condicionando a nossa felicidade à realização do próximo desejo, em um ciclo de ganância sem fim. A solução para tudo isso é o contentamento. 

É claro que você pode desejar melhorias para a sua vida. O que você não deve fazer é ficar apegado a esse desejo de modo que a própria vida se torne um sofrimento interminável. É preciso aprender a ficar contente somente por estar em movimento, somente por estar na jornada para conquistar os seus objetivos. Se você tiver um forte sentido de contentamento, não faz muita diferença se você consegue o objeto desejado ou não.

Felicidade não é o mesmo que prazer.

Outro erro muito comum é confundirmos felicidade com prazer.

O prazer é algo físico, momentâneo, ligado a um estímulo externo. Por exemplo, se você come um doce delicioso, aquilo te dá prazer. Por alguns minutos, o sabor doce na sua boca traz uma sensação física boa, liberando inclusive alguns hormônios que aumentam o seu bem-estar. 

Mas aquele doce é incapaz de trazer felicidade. A verdadeira felicidade é menos ligada a sensações físicas e mais ligada à mente e ao coração. Ela é mais estável e menos dependente de estímulos externos do que o prazer.

Em muitos casos, o prazer do momento é na verdade um inimigo da felicidade. O doce que você comeu te deu prazer agora, mas se você repete esse comportamento ao longo do tempo de forma exagerada, aquele doce pode ser responsável por graves problemas de saúde que afetam a sua felicidade.

É comum que você tenha que sacrificar o prazer do momento em benefício de algo melhor no futuro. Isso acontece com a alimentação, com o dinheiro, com o trabalho, com exercícios físicos.

Para saber qual decisão tomar na hora, existe uma técnica muito simples. Basta você se perguntar: “será que essa decisão vai me trazer felicidade duradoura?”. Essa pergunta altera o seu foco, pois em vez de pensar no que você está abrindo mão no momento, você passa a se concentrar naquilo que está verdadeiramente buscando: a sua felicidade.

O caminho da felicidade não passa por ter mais coisas.

Pergunte a qualquer pessoa sobre o que a deixaria mais feliz e muitas pessoas vão responder: dinheiro. Acreditamos que se tivermos mais dinheiro na conta, se ganharmos na loteria, se nunca mais tivermos que nos preocupar com as contas a pagar, teremos mais felicidade.

A verdade, já provada por muitas pesquisas, é que uma vez que as suas necessidades básicas de alimentação, educação, vestuário, saúde e moradia estejam atendidas, mais dinheiro não vai significar mais felicidade.

Você não precisa de mais dinheiro, de mais sucesso, de ter o corpo perfeito, nem mesmo o amor ideal. Você já tem neste exato momento todo o equipamento básico que precisa para alcançar a felicidade: a sua própria mente.

Com a sua mente você pode aprender as emoções e comportamentos negativos que prejudicam a sua felicidade e também as emoções e comportamentos positivos que aumentam os seus níveis de felicidade. Elimine as causas do sofrimento e o sofrimento vai diminuir na sua vida. Cultive as fontes de felicidade e a felicidade vai aumentar na sua vida.

As causas de sofrimento são bem conhecidas. São ações como matar, roubar, explorar outras pessoas, cometer adultério, ingerir substâncias tóxicas. São palavras que trazem mentiras, calúnias, ofensas, xingamentos. São pensamentos como ganância, vaidade, má vontade, ódio e raiva.

As fontes de felicidade também são conhecidas. Dedicação a algo que vale a pena, desapego, boa vontade, generosidade, moralidade, gratidão, respeito, altruísmo, alegria pelo sucesso alheio.

A questão aqui não é saber o que fazer, pois todos nós sabemos que ações ruins causam sofrimento e ações positivas trazem felicidade. A questão é o que fazemos com isso que sabemos. Você, no seu dia a dia, procura intencionalmente evitar todas as causas de sofrimento e cultivar as fontes de felicidade?

O objetivo de toda pessoa é evitar o sofrimento e encontrar a felicidade. Então, por que não fazemos diariamente um esforço consciente nesse sentido? Por que não nos esforçamos para evitar cada ação que causa sofrimento? Por que não nos esforçamos em fazer cada ação que traz felicidade?

A vida muitas vezes é bem mais simples do que a complicação que criamos com a nossa mente. 

Todas as pessoas são fundamentalmente iguais.

Todas as pessoas no mundo desejam evitar o sofrimento e encontrar a felicidade. Se isso é verdade, somos todos iguais. Estamos todos aqui com o mesmo objetivo.

E já que somos todos iguais, não faz muito sentido essa ideia de ficarmos diferenciando o eu e as outras pessoas. Muito menos ficarmos separando pessoas em grupos como europeus ou asiáticos, cristãos ou muçulmanos, direitistas e esquerdistas.

A única coisa que nos diferencia é o meio específico pelo qual cada um de nós acredita que vai evitar o sofrimento e encontrar a felicidade. Mas lá no fundo somos todos iguais, todos seres humanos querendo a mesma coisa.

Assim, o melhor que você pode fazer é deixar de lado a busca egoísta pela felicidade. A felicidade que beneficia apenas você às custas da felicidade de outras pessoas não vai ser uma fonte duradoura de alegria. Uma estratégia mais inteligente é cultivar sentimentos como generosidade e compaixão para que não apenas você seja feliz, mas sim todos ao seu redor.

Por isso, procure fazer um esforço deliberado para ajudar outras pessoas a serem um pouco mais feliz. A cada contato que você fizer com outra pessoa, tente encontrar alguma forma de ajudar essa pessoa. Pode ser com uma ação, um gesto ou simplesmente com um elogio. Se não encontrar nenhuma forma de ajudar, ao menos faça o maior esforço possível para não prejudicar a felicidade da outra pessoa.

O treinamento da mente requer disciplina.

Tudo o que foi dito até aqui é bem lógico e prático: para ser mais feliz, você evita aquilo que causa sofrimento e cultiva aquilo que traz mais felicidade para você e para os outros. Mas, se é assim tão simples, por que existem tantas pessoas sofrendo pelo mundo? Por que existem inclusive pessoas que cometem crimes, abusos e causam sofrimento aos outros?

A resposta está no condicionamento que recebemos desde que nascemos. Se você olhar para um bebê recém nascido, verá ali apenas um ser humano em sua condição mais pura, incapaz de fazer mal a alguém. Só de olhar um bebê você já desperta sentimentos como compaixão, carinho e generosidade. Isso mostra que o ser humano em sua natureza é bom e só quer evitar sofrimento e encontrar felicidade.

Quando vamos crescendo, cada um de nós é educado de um jeito. Nossa mente vai sendo condicionada de acordo com as regras do lugar onde vivemos. Cada cultura tem suas ideias de como as pessoas devem agir, pensar e falar. A maioria, até pelo sistema econômico de concorrência que predomina no mundo, inclui na educação das crianças um sentimento de competitividade.

Por isso o treinamento da mente para a felicidade requer muita disciplina. Muitas vezes temos que descondicionar o que nossa mente aprendeu desde criança. Todo dia você tem que desenvolver uma motivação positiva sincera, pensando em como pode usar aquele dia de um modo mais positivo.

Isso é parecido com o treinamento do corpo. Quem já praticou algum esporte sabe que no começo tudo é mais difícil. Todo dia temos que praticar um pouco, até que nosso corpo vai se acostumando ao esforço, vai aprendendo os movimentos. Se pararmos por muito tempo, perdemos um pouco da habilidade que conquistamos.

Com a mente é a mesma coisa. Você precisa treinar todo dia para que sua mente aprenda a evitar as causas do sofrimento e a cultivar as fontes de felicidade. A cada dia a sua felicidade vai melhorando.

A transformação não vem espontaneamente. Ela requer treinamento, disciplina, esforço da sua parte. Mas a recompensa é exatamente aquilo que você vem buscando durante toda a sua vida: a felicidade verdadeira e duradoura.

Felicidade Seiiti Arata, Arata Academy

O principal componente do treinamento para a felicidade é a compaixão.

De todas as ações positivas, a que tem maior importância no treinamento para a felicidade é a compaixão.

A compaixão pode ser definida como um estado mental não violento, não prejudicial e não agressivo. É uma mentalidade de baseada no desejo de ajudar as outras pessoas a se livrarem de seus sofrimentos. É uma sensação de compromisso, responsabilidade e respeito com os outros.

Isso inclui também a forma como você fala com você mesmo. Muitos de nós não temos coragem de chamar outras pessoas de burras, estúpidas ou imprestáveis. Mas fazemos isso repetidamente com nós mesmos.

Sempre que não cumprimos uma promessa, quando temos preguiça ou quando fazemos algo errado, somos muito duros com nós mesmos. Nos xingamos, nos forçamos a comportamentos destrutivos, impomos um sofrimento que jamais conseguiríamos impor a outras pessoas.

Como todos nós estamos aqui querendo a mesma coisa, evitar o sofrimento e encontrar a felicidade, então devemos tratar a todos – incluindo nós mesmos – da melhor forma possível. A compaixão tem essa característica de tratar todo ser humano exatamente como você, com um desejo inato de ser feliz e de superar o sofrimento.

Essa mentalidade permite que você tenha compaixão por todos, amigos ou inimigos, colaboradores ou concorrentes, pessoas próximas ou distantes. Você não precisa aprovar ações com as quais você não concorda, só precisa entender que aquela pessoa só fez aquilo por achar, na cabeça dela, que aquela ação evitaria sofrimento ou traria felicidade.

Para a maioria de nós, a compaixão não é tarefa fácil. Ela não vem naturalmente, então nós precisamos praticar um pouquinho a cada dia, para que a cada tentativa nos tornemos pessoas um pouco mais compassivas.

Transforme o sofrimento no seu aliado.

Ninguém gosta de sofrer. Uma das nossas buscas fundamentais é justamente evitar o sofrimento. Mas, por mais contraditório que seja, ficar apegado a evitar o sofrimento a qualquer custo é uma grande fonte de sofrimento.

Por exemplo, alguém que quer evitar todo e qualquer risco de ser assaltado pode se trancar em casa, blindar o carro, andar com seguranças. Só que todo esse apego a evitar o sofrimento do assalto acaba trazendo vários outros custos emocionais, práticos e até mesmo financeiros.

A saída não é ficar apegado a evitar o sofrimento a qualquer custo, mas sim transformar o sofrimento em um aliado para o seu treinamento mental.

Tenha clareza de que o sofrimento tem uma função de nos alertar sobre o que está errado. Se você colocasse a sua mão em uma fogueira e não sofresse dor alguma, ia acabar deixando a sua mão no fogo até ficar completamente queimado. Isso não acontece porque o sofrimento da dor rapidamente faz com que você tire a mão do fogo.

Nossa atitude diante do sofrimento afeta a maneira como lidamos com os problemas da vida. Em vez de ter uma forte aversão a qualquer tipo de sofrimento, você precisa enxergar as coisas como elas são e desenvolver uma maior tolerância em relação ao sofrimento. Se você tiver consciência de que nem sempre a realidade será do jeito que você quer, isso já diminui muito sentimentos de infelicidade, insatisfação e frustração.

Em vez de ficar reclamando de que é injusto você estar passando por esse ou aquele sofrimento, abandone o papel de vítima e aceite a realidade. Isso vai fazer com que você passe a vivenciar o sofrimento como parte natural da vida e inclusive vai fazer com que você tenha uma melhor tomada de decisão quando for agir para diminuir aquele sofrimento.

Infelizmente o que muitas pessoas fazem é justamente o contrário. Elas criam uma camada psicológica extra de sofrimento onde já havia dor. Por exemplo, digamos que você tropece e quebre uma perna. Além da dor física do acidente, você pode ficar se queixando de que o universo é injusto, de que a queda poderia ter sido evitada, de que você é um fracassado. Isso acrescenta um componente psicológico de ansiedade e intolerância, piorando o efeito da queda.

A verdade é que a vida é cheia de sofrimentos aqui e ali. Essa não é uma visão pessimista, é apenas uma aceitação da realidade como ela é. A partir daí, o que vai fazer a diferença para a sua felicidade é a forma como você reage aos sofrimentos que são parte natural da vida. Elimine essa aversão ao sofrimento. Dessa forma, você vai pelo menos parar de sofrer pelo fato de estar sofrendo. 

O pior de todos os sofrimentos é o sofrimento criado pela própria pessoa. Com treinamento você conseguir se livrar deste sofrimento mental e automaticamente aumentará os seus níveis de felicidade.

O sofrimento vem da falta de clareza e do desejo fora de hora. Você pode se libertar do apego e ser mais feliz.

Existem quatro verdades que você precisa compreender e internalizar para aumentar os seus níveis de felicidade.

A primeira verdade é a que a vida sem clareza é uma vida de sofrimento. Uma vida desequilibrada vai fazer com que você fique dando voltas e mais voltas sem sair do lugar, buscando a felicidade em lugares errados, achando que ter mais dinheiro, mais bens materiais ou mais experiências vai trazer a felicidade que você tanto procura.

A segunda verdade é que o desejo descontrolado leva ao sofrimento. Sempre que você se apega ao desejo de ter alguma coisa que você ainda não tem ou ao desejo de que a realidade fosse diferente do que ela é, você sofre. 

Esse desejo fora de hora cria o hábito de estar sempre querendo antecipar o futuro ou de estar sempre relembrando o passado, sem nunca aproveitar o momento presente. Se nunca estamos satisfeitos com o momento de agora, estamos sempre infelizes, sempre querendo alguma outra coisa. Por outro lado, se estivermos presentes, vivendo com atenção plena o momento atual, não existiria esse “querer” e “não querer”, existiria apenas o contentamento pleno.

A terceira verdade é que, para se livrar do sofrimento, você precisa se libertar do apego aos seus desejos. Sim, você pode continuar desejando uma melhoria de vida, mas não pode ficar sempre condicionando a sua felicidade à satisfação desses desejos. Em vez disso, aprenda a valorizar o presente, aprenda a tirar contentamento apenas por estar na jornada em busca daquele objetivo, independente se você vai alcançar ou não.

A quarta verdade é que existe um caminho para você se livrar do sofrimento e alcançar a felicidade. Esse caminho é bem simples: eliminar as coisas que te causam sofrimento e cultivar as coisas que te trazem felicidade.

As causas do sofrimento são atitudes negativas como como violência, roubar, explorar outras pessoas, cometer adultério, ingerir substâncias tóxicas, mentir. Essas ações vêm de pensamentos também negativos como ganância, vaidade, má vontade, ódio e raiva.

Já as causas da felicidade são ações positivas como renúncia, desapego, boa vontade, generosidade, moralidade, gratidão, respeito, altruísmo, alegria pelo sucesso alheio.

Você não precisa ser uma pessoa religiosa para seguir esse caminho. Tudo o que vimos aqui são ações práticas, que você pode tomar no dia a dia. Mas se lembre que a arte da felicidade é um treinamento mental: a cada dia você deve trabalhar um pouco a sua mente para praticar menos ações que causam sofrimento e mais ações que trazem felicidade.

Fazendo isso, o seu nível de referência de felicidade vai subir até não depender mais de estímulos externos, de prazer momentâneo, de qualquer coisa que não seja a sua própria mente

Muitos dos ensinamentos do livro A Arte da Felicidade já foram testados e aprovados por pesquisas científicas do ramo conhecido como psicologia positiva.


Se você quiser conhecer a fundo cada uma dessas técnicas cientificamente comprovadas, eu te convido a conhecer o curso Felicidade acessando o link.