Produtividade Arata! Na série Oi! Seiiti Arata nós apresentamos para você um vídeo sobre fracasso e sucesso.
Você está aprendendo aqui com a gente na Arata Academy que sucesso e fracasso dependem da nossa mentalidade e das nossas escolhas.
1. A crítica contra a mentalidade de sucesso.
Uma crítica forte que se faz a esta maneira de ver o sucesso e o fracasso segue a seguinte linha de argumento: ah, esse papo de mentalidade de sucesso é uma palhaçada! É muita inocência achar que apenas o próprio indivíduo tem as condições de determinar o próprio futuro, determinar o próprio sucesso, como se bastasse ele acreditar nele mesmo e que tudo vai dar certo.
A crítica principal é que isso seria usado como argumento de que “os ricos bem sucedidos são assim porque se esforçaram e acreditaram e possuem mérito… e que os pobres são pobres porque querem. Os fracassados merecem ser pobres porque eles não se esforçam o suficiente, não acreditam o suficiente no potencial.” [editor: usar efeito P&B no vídeo para mostrar que é ironia]
A crítica também diz que temos que levar em conta as desigualdades sociais e as dificuldades que diferentes pessoas possuem no ponto de partida e que existem muitos fatores envolvidos.
OK. O que podemos dizer a respeito dessas críticas?
2. É verdade que existem muitos fatores que influenciam o sucesso.
E é verdade. Não basta apenas ter a mentalidade certa. Também é necessário vermos todos os outros fatores: se a pessoa teve a sorte de realizar a ação no melhor momento, se a aparência física ajudou, se a rede de contatos ajudou, se ela nasceu na cidade onde existe mais oportunidade, se a economia está favorável etc. PORÉM, existem muitos fatores que não estão dentro do nosso controle. A mentalidade de sucesso se concentra nos fatores que podem ser controlados.
Esta não é uma abordagem de auto ajuda barata, do mundo encantado dos unicórnios, duendes mágicos e arco-íris que realizam desejos. Nada disso. Mentalidade de sucesso é uma postura prática:
Eu vou olhar o que eu tenho como influenciar.
E daí vou fazer o que eu posso fazer para melhorar minhas chances de chegar onde eu quero.
E ter a firmeza de aceitar aquilo que eu não tenho como mudar.
3. É verdade que existe desigualdade.
Também é verdade que diferentes pessoas vão começar o jogo com diferentes recursos. Por causa disso, o caminho adiante poderá ser mais fácil para alguns e mais difícil para outros. Entretanto, nem o sucesso nem o fracasso são garantidos. Pode ser apenas mais fácil ou mais difícil, mas nunca impossível.
A ironia aqui é que muitas vezes o defensor dos fracos e oprimidos acaba sendo também um opressor quando começa a rotular e desconsiderar a capacidade de agência de cada indivíduo. Temos que tomar cuidado quando um discurso salvador perpetua a fragilidade e até desumaniza o grupo hipossuficiente dizendo “ah, eles, coitadinhos, burrinhos, não tem condições”.
Essa imposição de fraqueza e incapacidade nos outros inclusive tem nome: chama-se “Ameaça do Estereótipo” (Stereotype Threat) e acontece quando indivíduos acabam se conformando ao estereótipo do seu grupo social.
Por exemplo, estudantes afro-americanos acabaram tirando piores notas quando foram estimulados a pensar no estereótipo de que negros são menos inteligentes do que brancos. Eu te convido a entender mais sobre o Efeito Golem que nós discutimos no episódio 46 da série Oi! Seiiti Arata.
4. É errado eu dizer que o rico tem sucesso e o pobre é fracassado.
Você já deve ter visto pessoas equiparando sucesso com riqueza e fracasso com pobreza. Isso é rotulagem. Nós precisamos evitar a rotulagem de dizer que uma pessoa é um sucesso ou fracasso, sem conhecer a história de um indivíduo, sem perguntar como ele se sente a respeito dos próprios resultados. A nossa opinião diante das aparências é incompleta, superficial – ou seja, fica na superfície, não no que está por dentro.
Uma pessoa que perdeu o emprego pode se considerar uma pessoa de sucesso que manteve sua integridade e recusou a participar de uma atividade com a qual não concordava no trabalho. Uma pessoa que tem o cargo mais bem pago na empresa pode se considerar um fracasso se não consegue ter tempo para ver os próprios filhos crescerem.
Por causa disso, temos que tratar as questões de sucesso ou fracasso sempre olhando apenas para nós mesmos diante do espelho. Apenas eu é que digo se eu tenho sucesso ou fracasso de acordo com as expectativas que criei, de acordo com o plano maior que eu tracei, de acordo com os próximos passos que eu pretendo dar. E é exatamente com a mentalidade de sucesso que eu não vou me abalar com um viés, com um obstáculo, com uma frustração. Sabe por que? Pois eu sei que eu tenho condições de melhorar meu plano, melhorar as minhas escolhas, melhorar a qualidade de execução, implantação das minhas ações, melhorar minha comunicação.
Não deixe a Ameaça do Estereótipo limitar o que você pode alcançar.
Este foi um vídeo difícil de preparar pois a chance de má interpretação é grande. Este é um tema em que a ideologia pode prejudicar a qualidade da nossa comunicação quando a opinião formada não permite escutar e refletir.
Então, para ficar bem claro:
Sucesso ou fracasso não dependem unicamente de acreditar e se esforçar. Existe sim muita desigualdade e existem também vários outros fatores. Porém, sem eu acreditar e sem eu me esforçar, as minhas chances de sucesso são muito menores.
Além disso, tem mil fatores que eu não tenho controlar. Vou aceitar e vou levar estes fatores em consideração no meu planejamento. E vou direcionar meu foco para aquilo que eu tenho como influenciar. E também vou investir em mim mesmo para ampliar cada vez mais a minha esfera de influência, com mais habilidades, mais conhecimento, mais recursos, mais contatos, mais confiança e qualidades profissionais.
Além disso, é apenas o próprio indivíduo que vai decidir se ele teve sucesso ou fracasso. E isso é algo que se pode aperfeiçoar com melhor planejamento e treinamento. Se você quer melhorar a estratégia que você utiliza para fazer escolhas dentro daquilo que está sob o seu controle, então visite agora o link aqui e lá continuamos a conversa.