Oi! Seiiti Arata. Dizem que no jogo de pôquer, se você não sabe quem é o bobo da mesa, provavelmente você é o bobo. E na internet temos uma situação muito parecida. Se você não sabe identificar qual é o comportamento bobo a evitar, é bastante provável que você precise aprender a se proteger de bobagens. E de que bobagens estamos falando?
Precisamos, mais do que nunca, lidar com o excesso de informações e distrações da internet. O excesso de informações nos deixa ansiosos, sobrecarregados e até mesmo desinformados.
Pare um pouco para pensar sobre quais são as diferentes informações que você precisa processar diariamente: Notícias, notificações, pedidos de amizade, mensagens diretas, podcasts, vídeos, jogos, novas redes sociais, memes, seriados imperdíveis, fofocas, fake news, cancelamentos, reclamações e polarização… tudo isso pode sugar a sua atenção. É por isso que quando chega o final do dia você se sente totalmente esgotado… e não produziu o que realmente queria ter produzido no dia.
Isso não acontece apenas com você. Todo mundo está exposto ao excesso de informações e distrações. Porém, algumas pessoas sabem como se proteger. E hoje você também vai aprender a ficar imune ao excesso de informações e fazer melhores escolhas.
O excesso de informações e distrações sempre vai existir na sua vida. Você sempre será bombardeado por notificações e notícias chamativas em um mundo em que tudo parece urgente, mas nada é de fato importante.
O que é que nós vamos fazer para lidar melhor com toda essa quantidade de informação? Você não tem como reduzir a quantidade de informação que chega até você. Mas pode mudar a maneira como você decide processar a informação. Essa é a ideia central de media literacy (alfabetização midiática) que veremos hoje.
Se você não usar a internet com intenção, a internet é que vai usar você.
O primeiro passo para se livrar do excesso de informações e distrações é aprender a fazer um uso inteligente e intencional da internet. Você não pode ser uma pessoa que se distrai com qualquer coisa. Você precisa de um plano, de uma clara intenção do que deseja alcançar.
Sem ter esse plano claro, você corre risco de ser exposto a informações que vão influenciar como você pensa, age e sente. Você precisa ser capaz de avaliar a qualidade das informações que você encontra. Você precisa avaliar se essas informações são úteis para você.
Esse aprendizado tem o nome de media literacy, que pode ser traduzido como alfabetização midiática. E você pode dizer que tem alfabetização midiática quando consegue entender de verdade o contexto em que essa informação foi publicada.
Geralmente as ideias de media literacy são aplicadas contra desinformação e fake news. Mas nós podemos ir além. Podemos pensar em uma alfabetização digital que também ajude você a ter clareza sobre quais informações vale a pena consumir de forma inteligente para atingir os seus objetivos específicos.
Ao usar a internet, tenha clareza do que você quer.
Qual é o problema da sobrecarga de informações e da abundância de distrações da internet? O problema é que nós navegamos sem saber direito o que estamos fazendo. Muita gente tem o hábito de tirar o celular do bolso e ficar olhando redes sociais, portais de notícias e aplicativos de mensagens como passatempo.
Essa é uma postura reativa. Estamos sempre reagindo ao que o feed de notícias nos entrega, às notificações que aparecem ou ao último vídeo que acabou de ser publicado ou recomendado.
Mas qual é o problema disso? O problema é que o que aparece na sua frente não está ajudando você a ter uma vida melhor. O que aparece no seu feed são as notícias mais viciantes, que te despertam raiva e que polarizam. Os algoritmos entendem que estes são os conteúdos que geram maior engajamento e deixam você viciado em continuar usando aquele app.
O modelo de negócios da maioria dos sites e redes sociais exige que as pessoas usem esses aplicativos por cada vez mais tempo. Só assim eles conseguem vender publicidade e obter lucro. Ou seja, esses aplicativos foram desenhados para prender a nossa atenção pelo maior tempo possível.
Existem dois grandes problemas aqui. Primeiro, você pode estar desperdiçando um tempo que poderia estar usando em seus próprios objetivos. O segundo problema é você ficar vendo anúncios que quase sempre procuram mexer com sentimentos negativos para incentivar você a comprar alguma coisa.
Uma maneira de escapar dessa armadilha é retomando a antiga ideia de “entrar na internet”.
Crie o hábito de ter clareza e intenção no uso da internet. Aprenda a ficar offline.
Antigamente, era necessário “entrar na internet”. O normal era estar offline e você tinha que fazer um esforço para ficar online. Era necessário ligar aquele computador de mesa e telefonar para um número específico para se conectar à internet.
Isso mudou. Hoje, o normal é estar online e você tem que fazer um esforço para ficar offline.
Para ficar offline, você poderia desligar o wi-fi ou até usar o modo avião do seu celular. Parece uma ideia maluca, mas existem muitos aplicativos populares com a finalidade de forçar você a ficar offline e eu deixo o link aqui para você conhecer.
Entretanto, essa é uma maneira pouco prática e que tem óbvias desvantagens. A ferramenta que te força a ficar offline é como se fosse uma muleta para compensar a falta de disciplina. Por isso, eu pessoalmente não utilizo aplicativos para me manter offline. O que eu uso é a técnica dos blocos de tempo que nós vimos no episódio cinco da série Aprender Arata.
Junte a clareza da sua intenção com a técnica dos blocos de tempo. Evite que a distração acabe com a sua intenção.
A técnica dos blocos de tempo é bem simples. Primeiro você define a intenção. Qual é o motivo de ficar online agora? O ideal é anotar em um postit, em um caderno ou até na própria tela do computador. Tendo isso anotado, você sempre tem visível qual é a sua intenção ao usar a internet naquele momento.
Depois, você define um bloco de tempo. Coloque um alarme ou cronômetro no seu relógio, celular ou computador com o tempo que você definiu. E durante todo esse tempo faça o máximo para manter o seu foco exclusivamente na intenção que você definiu.
Por exemplo, imagine que você definiu que a sua intenção ao entrar na internet agora é para fazer um relatório para o seu trabalho. E você definiu que essa tarefa vai durar uma hora.
Você escreveu a sua intenção em um postit, colou na tela do computador, ligou o cronômetro para tocar daqui a uma hora e começou a trabalhar.
Se você não tomar nenhum cuidado extra, é quase certo que a sua mente vai se distrair nesses sessenta minutos que você definiu. De repente você recebe uma notificação de mensagem no celular. Ou abre uma aba e começa a ler as notícias. Ou pior: acaba caindo nas redes sociais e passa meia hora lá vendo fotos.
Quando se dá conta, boa parte do tempo passou e você estava distraído, longe da sua intenção.
Por isso, é muito importante que você reduza ao máximo a possibilidade de distração durante os seus blocos de tempo. Silencie o celular, feche o email, bloqueie as redes sociais, use fones de ouvido, instale um programa que não permita abrir várias abas… não importa a técnica que você usar, o importante é reduzir a distração para que ela não acabe com a sua intenção.
Não se preocupe em ser perfeito. Uma distração ou outra sempre vai acontecer. Mas, a cada vez que você exercitar o hábito de usar a internet com intenção, esse hábito de concentração vai se tornar mais forte e você vai conseguir lidar melhor com o excesso de informações para se concentrar no que realmente importa para você.
Você pode usar a internet com mais inteligência para combater o excesso de informações e distrações. O passo fundamental para isso é aprender a entrar na internet com intenção para realizar algum objetivo específico, que pode ser inclusive a sua própria distração.
Com nossos smartphones sempre ao lado e sempre conectados, se você não aprender a usar a internet com inteligência, a internet é que vai acabar usando você para te prender em redes sociais, vender produtos ou colocar ideias na sua cabeça.
Quanto mais inteligente você for, mais fácil vai ser fugir dessas armadilhas. E não caia no erro de acreditar que a sua inteligência é uma coisa fixa, que você nasceu com ela e que não pode ser melhorada.
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